sábado, 24 de setembro de 2011

Outono

Mais um pouco do colorido das abóboras:



Um parque em Gahanna

Começo do Outono, a mudança na coloração das folhas já anunciam o ínicio da nova estação e o fim dos dias quentes por aqui:








quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Detroit Airport

Sempre achei esse túnel do aeporto de Detroit bem legal:


Passando por ele hoje, resolvi apoiar a câmera bem firme no corrimão da esteira rolante e deixar fotografando por 5 segundos.
O resultado é esse rastro de luz:

Aniversário da Júlia, Laura e Celso

Neste domingo tive a oportunidade de usar a câmera pela primeira vez em uma festa.
Meu grande amigo Celso comemorou o próprio aniversário e o das duas filhas.
Foi uma boa oportunidade pra testar o que havia aprendido até então, e é claro, descobrir o quanto ainda falta a aprender!
Algumas conclusões:

  • Focar (no lugar certo) em f/1.8 é difícil... Bem difícil (entenda porque clicando aqui);
  • Melhor aumentar ISO do que perder fotos por tempos longos de exposição. Principalmente quando se fotografa pessoas! 1/60 segundos ou menos é o ideal. Com ISO 640 os ruídos continuam imperceptíveis e as fotos ficam mais nítidas pela diminuição do tempo de abertura do obturador;
  • Fotografar em RAW (ainda falaremos sobre ele) é uma mão na massa, principalmente pra corrigir exposição e equilíbrio de brancos depois;
  • Comida brasileira é a melhor do universo;























quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Entendendo as lentes. Parte 1: Distância focal e abertura

Mas o que significa AF-S 18-55  1:3.5-5.6 G VR?

Quando começamos a estudar o assunto, entender o que essas letras e números significam é uma das primeiras dificuldades que podemos ter. Bom, foi a minha primeira dificuldade. É certo que existem muitos sites e blogs que explicam essa nomenclatura, porém em sua maioria, trazem uma explicação qualitativa. Acabamos nos deparando com termos vagos de sentido para quem está iniciando como: “lente mais clara”, “mais escura” até termos bem mais subjetivos como “lente com um bokeh mais cremoso”, tipo um “bouquet” desses de noiva  cheio de creme por cima...

Por hora não vou entrar na nomenclature específica de cada fabricante, vamos nos ater primeiro aos conceitos básicos que estão presentes em todas as lentes, o que significam fisicamente, adotando uma abordagem mais intuitiva.

Bom, pra começar: O que é uma lente? Pra que precisamos de uma  pra fotografar?

Na verdade não precisamos necessariamente de uma lente! Se pegarmos simplesmente uma caixa escura, fazermos um pequeno furo e colocar um filme para registrar no fundo temos uma camera fotográfica.
Dei uma olhada no Wikipedia. É possivel que a camera escura, o primeiro passo para a máquina fotográfica, tenha origens a partir do século 5 AC na China. A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Portanto, percebemos que a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de muitos anos.

Camera escura. Fonte: Wikipedia
Deixando detalhes da historia de lado, dentro de certos limites, quanto menor o furo, mais nítida a imagem. Isso porque como um objeto reflete luz em todas as direções, quando temos um furo pequeno, limitamos os caminhos posiveis que a luz pode percorer desde sua origem até a superfície onde será registrada.
Para facilitar o entendimento desse conceito, imagine cada pontinho da imagem emitindo luz em forma de uma haste reta, fina, rígida e fixa no ponto de origem e livre na outra extremidade.
Agora imagine todas os caminhos possíveis que essa luz tem para passar por um orifício, se o mesmo for  relativamente grande (quanta mobilidade terá a nossa haste imaginária):

A consequência de usarmos um orifício grande é que um pontinho na imagem acaba por virar um borrão (area A1), que se se sobrepõe aos borrões formados por todos os outros “pontinhos” que podemos  imaginar do objeto. Ou seja, não ha formação da imagem nenhuma.
É intuitivo que, se diminuirmos  o diâmetro do orifício, diminuimos o tamanho do borrão (area A1), consequentemente diminuimos a superposição dos raios de luz provenientes de diferentes pontos do objeto.

Logo, abaixo de um certo diâmetro de orifício, conseguimos formar uma imagem reconhecível com a nossa câmera escura até chegarmos a um ponto onde a nitidez da imagem é máxima. Isso porque um orifício extremamente pequeno começa a produzir efeitos de difração e uma imagem menos nítida devido às propriedades de onda da luz.
Um método de cálculo do diâmetro ideal para o orfício de uma câmera escura foi tentada por Jozef Petzval. A fórmula utilizada hoje foi desenvolvido por Lord Rayleigh e é bem simples:

onde d é o diâmetro do orifício, f é a distância focal (distância do orifício ao plano da imagem) e λ é o comprimento de onda da luz.

Percebemos por essa fórmula que, para uma câmera escura, a focagem da imagem não depende da distância do objeto, mas somente:

  • Da distância entre o orifício e o plano do filme;
  • Do tamanho desse orifício;
  • Do comprimento de onda da fonte de luz; 

Neste caso a profundidade de campo, ou seja, distância entre dois planos imaginários que limitam o que está em foco (vide imagem abaixo) é infinita.

Profundidade de campo finita. Quando a mesma é infinita, tudo fica em foco
Então pra que lentes?
Bom o problema é que com furos pequenos a quantidade de luz captada também é pequena. A foto abaixo foi registrada numa camera escura sem lente. Nada mal não? Porém o tempo de exposição foi de 20 minutos!

Fonte: Wikipedia

Dai é que entra o importante papel das lentes. Podemos pegar um orifício grande e colocar uma lente para desviar os raios de luz novamente para um ponto só (foco) e formar a imagem de novo, logo atrás desse ponto.
Mas isso não resolve todos os problemas! Com uma unica lente, consigimos focar objetos a uma determinada distância. Se essa distancia muda, perdemos a nitidez!
Exemplo do que ocorre com o foco de uma lente unica, quando se muda a distância ao objeto
E se eu diminuir o orificio um pouquinho, ajuda? Se você pensou: “Deve ajudar, pois quanto menor o “furo” mais nítidas são as fotos”- Você acertou! É por isso que a profundidade de campo aumenta quando se diminui o orifício.
E o que controla o tamanho desse orifício? O famoso diafragma!



As objetivas das DSLR são constituidas de um conjunto de várias lentes que server para ajustar os foco de acordo com a distância do objeto, mas a profundidade de campo é definida pela abertura ou fechamento do diafragma, não tem outro jeito.

Distancia focal:


Nas lentes convergentes, a região para onde convergem os raios de luz que incidem paralelamente ao eixo é
denominada foco, quanto mais convergente for a lente, menor a distância (f) entre o seu eixo de simetria (D) e o ponto focal (F).




Lentes pouco convergentes tem por característica um ângulo de visão menor e grande distância focal. Como resultado, temos o efeito de "zoom", ou seja, uma pequena parte da imagem é projetada no sensor. Logo a imagem aparece de forma aumentada.
Por isso que as teleobjetivas (bastante zoom) são tão compridas:


Já as lentes muito convergentes tem por característica um ângulo de visão maior e pequena distância focal. Como resultado temos o efeito de "zoom out", ou seja, uma grande parte da imagem é projetada no sensor, de forma diminuida, para "caber tudo".

Logo, as grande-angulares (tudo parece estar mais longe) são mais curtas:


Tá, mas onde encontro todas essas informações?

As distâncias focais são os primeiros numeros que aparecem depois das letras, e representam em milimetros a distância entre a lente e o sensor. Vejamos o nosso exemplo, do código da lente que veio junto com a câmera:

AF-S 18-55  1:3.5-5.6 G VR
18-55 significa que a lente tem uma distância focal que varia entre 18mm e 55mm. Trata-se portanto de uma lente com zoom variável, ou de distância focal variável.

As lentes tipo prime, tem distância focal fixa e portanto não ofecem a possibilidade de modificar o zoom. Veja o exemplo do código de uma prime 50 mm:

AF-S 50 1: 1.8 G.


Abertura:

Como vimos este é um fator importante que define não só a profundidade de campo, mas também a quantidade de luz que entra pela nossa objetiva.
Diferente da distância focal, este parâmetro não é representado em milimetros de diâmetro da abertura do diafragma, mas pela relação: Distancia focal / Abertura máxima do diafragma.

Mas porquê?
Bem, como vimos, uma teleobjetiva, tem um angulo de visão menor que uma grande-angular:


Logo, uma 20mm, por ter um ângulo maior, capta mais luz do que uma 200mm por exemplo.
O parâmetro de abertura, com intuito de ser uma unidade comparativa de “claridade” da lente, precisa então ser normalizado, pois um orifício de 10mm em uma lente de 20mm de distância focal permite a passagem de mais luz do que o mesmo orifício em uma lente de 50mm por exemplo.
Como estas duas grandezas variam inversamente uma em relação à outra, simplesmente divide-se distância focal pela abertura máxima para que haja a normalização:
  • 20 mm/ 10 mm = 2. A representação dessa abertura máxima é f/2 (a abertura máxima é metade da distância focal ou simplesmente: Distancia focal (f) dividido por 2)
  • 50 mm/ 10mm = 5. A representação dessa abertura máxima é f/5 (a abertura máxima é 5 vezes menor que a distância focal ou simplesmente: Distancia focal (f) dividido por 5).
A primeira lente, 20mm f/2 (ou simplesmente 20 1:2) é mais clara que a 50mm f/5 (ou simplesmente 50 1:5) apesar de terem o mesmo diâmetro de abertura máxima (10 mm). Ficou claro? (que trocadilho mais infame!)

Voltando ao nosso exemplo:

AF-S 18-55  1:3.5-5.6 G VR
1:3.5-5.6 significa que a 18mm de distância focal a abertura máxima é f/3.5 ou 5.1 mm de diâmetro (18/3.5 = 5.1mm). 
A abertura máxima a 50mm é f/5.6 ou 9.8 mm de diâmetro (55/5.6 = 9.8 mm).

Na abertura máxima, a profundidade de campo é reduzida, temos um fundo borrado. Esse efeito é chamado de bokeh:

Fundo fora de foco
Fechando a abertura, a profundidade de campo aumenta:
Nuvens e casinha em foco
As lentes claras também são chamadas de rápidas, pois com mais luz disponível para o sensor, menor o tempo necessário de exposição e menor a chance de obter uma foto tremida. Os detalhes dessa característica (os números e exemplos) ficam para um outro post.
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